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sábado, 18 de outubro de 2014

Branca´n´roll

Branca de Neve (edição da imagem por: Flávio Ribeiro)
Provavelmente o conto de fadas mais famoso da história do mundo ocidental, "Branca de Neve" consegue até os dias de hoje encantar crianças, jovens e adultos de todas as idades numa trama envolvente cheia de sonhos, magia e mistérios.

Oriundo da tradição oral Alemã, o conto foi oficialmente compilado em meados do século XIX pelos irmãos Grimm e assim tornou-se mundialmente conhecido, no entanto existem muitas outras versões da mesma história rolando por ai, umas reais e outras marginalmente inventadas, outras legais e ainda algumas de caráter ocultista. Não a toa, um universo de especulações surgiram e ganharam força, principalmente aquelas que ligam o conto de fadas com mensagens subliminares e situações para a doutrinação das crianças como espectadores inocentes. Argumentações dais quais sou muito cético, enfim...

Branca de Neve - Ilustração de 1905

Branca de Neve - Ilustração de 1905
É claro então que a Disney e sua máquina de entretenimento conseguiu após o filme de 1937 suavizar e adaptar melhor a trama ao universo infantil, popularizando a doce Branca! O clima um tanto macabro e violento como podemos ver nas ilustrações ao lado de 1907 foi devidamente substituído, mas parece que algo ficou! O que? Será? Comentarei sobre isso em outra postagem..

Mas a minha intenção aqui no blog não é contar essa história tão interessante que vem cruzando os séculos e despertando o interesse de quase todos, mas sim propor um questionamento a partir da história "Branca de Neve":

Por que existe a necessidade de rotularmos as pessoas, em especial as mulheres, como sendo absolutamente boas ou más? Por que julgamos e classificamos as pessoas muitas vezes de forma preconceituosa, imediatista e irremediável? 

Certamente não falo aqui do "Papa" ou de uma "Serial Killer", mas digo da maioria das pessoas, aquelas que nos cercam e que convivem conosco diariamente! Essas são humanas, e como tal cometem erros e acertos e na maioria das vezes querem a própria felicidade e a dos demais, no entanto acabam trocando os pés pelas mãos, tornando-se do dia para a noite de Brancas em Bruxas ao olhar inquisidor de alguns!

Foi por isso que criei a primeira ilustração (topo) da Branca de Neve usando uma camiseta dos Stones, para então mostrar que a dama mais doce e pura dos contos pode usar tranquilamente a camiseta da melhor banda de rock do planeta, pois ao tirar um pouco de sua suavidade não consegui tirar o que mais importa: sua intenção, seus princípios, sua história. Afinal ela errou sendo gulosa ao comer a maçã envenenada, mas deu a volta por cima ao despertar com o seu "ser" o amor do jovem príncipe!


segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O verdadeiro mal da velhice

Saber envelhecer é...
Outro dia estava eu navegando por águas calmas na internet quando absolutamente ao acaso dei de cara com a seguinte reflexão:

"O verdadeiro mal da velhice não é o enfraquecimento do corpo, é a indiferença da alma!"
( André Maurois / escritor francês 1885 - 1967 )

E fiquei pensando como em tão poucas palavras o autor soube de maneira incrível resumir o que para muitos é um tremendo tabú, ou seja, saber envelhecer!

Assim, por exemplo, muitas celebridades entraram e saíram da história  sem o conhecimento desse outro lado da vida, um lado mais humano, mais fraterno e muito mais interessante. Perderam-se no tempo em busca de objetivos egocêntricos e esqueceram de algo muito simples: alimentar a própria alma. Ao contrário, preocuparam-se apenas com as rugas.

E alimentar a alma não é algo complexo e que necessite de grandes meditações transcendentais ou algo parecido. Alimentar a alma é não ser indiferente com a mesma, ou seja, é ter um momento para escutar uma boa música, procurar sempre fazer o bem sem esperar recompensas, envolver-se em trabalhos voluntários, ser atencioso com as pessoas, ofertar sempre que possível uma palavra amiga, contemplar as belezas da fauna e flora que nos cercam, respirar e poder sentir o ar avivando o organismo, admirar os desenhos no céu assim como faz a amiga Chica e nós seus leitores em seu blog, etc.

Dessa forma, quando estivermos bem velhinhos e frágeis, saberemos que tudo valeu a pena! Daremos risada das nossas próprias "videocassetadas", nos emocionaremos ao lembrarmos dos nossos momentos mais intensos e estaremos felizes e agradecidos por não sermos indiferentes com a própria alma, vivendo intensamente.



quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Pompéia: destruição e redenção através do Pink Floyd!

Pompeia
Patrimônio mundial da humanidade (UNESCO), a cidade de Pompeia localizada na Itália é um dos roteiros turísticos mais procurados da Europa! Já fez parte do Império Romano (apesar de manter sua identidade cultural), foi dominada por vários povos em diferentes épocas, foi literalmente soterrada viva por uma erupção vulcânica em 79d.C. além de ter sido palco de um dos shows mais emblemáticos da história do rock!

Todos os assuntos que envolvem a história dessa cidade são imensamente interessantes e sugiro, caso ainda não saiba, que faça uma bela pesquisa sobre a mesma porque vale muito a pena! Inclusive através de livros e filmes! Por aqui, limito-me em sucintas linhas a vislumbrar o seu cenário pós tragédia, ou seja, um pouco da história da cidade após o Vesúvio entrar em atividade e selar sua sorte.

Muitos morreram ao entrar em contato diretamente com o material vulcânico, petrificando-os e preservando seus corpos no exato momento da erupção até os dias de hoje, mas outros tantos - inclusive em cidades vizinhas - vieram a óbito apenas pelo calor liberado, coisa acima de 250 graus centígrados! 

Foto impressionante de um habitante de Pompeia petrificado pelas cinzas do Vesúvio!
A cidade foi inteiramente dizimada e então esquecida por muitos séculos, literalmente sepultada! Somente em 1599 é que foi redescoberta (uma pequena parte) de forma acidental em função da construção de um canal. No entanto, resolveram imediatamente recolocar no lugar o que havia sido escavado seja por conta de uma censura já que foram encontrados muitos afrescos com caráter sexual, ou mesmo pela preocupação da preservação do sítio arqueológico para gerações futuras!

Foi então redescoberta outras vezes em décadas posteriores, até que enfim foi feito todo o devido trabalho arqueológico em 1748. Ainda bem, porque se fosse hoje poderiam soterrá-la para a construção de um Shopping ou um simples estacionamento! Mas de forma incrível, formou-se uma áurea mística em torno da cidade, despertando as mais variadas emoções em seus visitantes, sentimento esse capturado de forma magnífica por uma das melhores bandas de rock do planeta: o Pink Floyd. 

Em outubro de 1971 o Pink Floyd fez uma apresentação dentro do antigo coliseu de Pompeia, tendo como espectadores apenas a própria banda e os técnicos de som e filmagem ali presentes! Alguns acreditam que o concerto foi uma espécie de homenagem póstuma e enfim seus antigos habitantes puderam descansar em paz. Será? Sinta você mesmo e tire suas próprias conclusões!

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Liquidificador Brasil!

As eleições estão chegando e é claro que o Blog Portão do Infinito não poderia deixar de tecer alguns comentários! Afinal, no próximo domingo dia cinco de outubro vamos eleger não só o novo presidente, mas também governadores, senadores, deputados federais e estaduais, ou seja, de uma tacada só teremos a oportunidade de renovar radicalmente boa parte dos cargos políticos da nação! Mas e ai? O que vamos fazer com esse poder todo nas mãos?

Infelizmente parece que a maioria dos brasileiros ainda não consegue compreender a importância desse momento e a força que tem em mãos, minimizando o processo eleitoral, promovendo chacota, incentivando o tal voto de protesto ou mesmo ainda pensando onde poderá levar vantagem.

Alguns minimizam o processo e se abstém dele, achando uma solução muito fácil para não se comprometerem, ou seja: "Ah, só tem ladrão! Eu vou é anular!". Oras, quando alguém anula seu voto ou deixa ele em branco, acaba por legitimar a permanência dos atuais políticos no poder, como uma espécie de reunião de condomínio em que o proprietário que não vai ao evento depois terá de aturar por um bom período qualquer decisão ali tomada.

Outros fazem da política uma verdadeira chacota, pois apesar de colocarem em nossos narizes a bolinha vermelha de palhaço, jamais devemos ridicularizar tudo, uma vez que nivela a política por baixo com outros assuntos bem menos importantes para as nossas vidas, tais como: o futebol, a novela, o BBB e tantos outros assuntos menores. Para os manipuladores, a ridicularização faz parte de um instrumento de poder! Pense nisso!

E nas redes sociais o tal voto de protesto ganha força e ecoa pelos quatro cantos! Como se votar no Tiririca para deputado federal fosse mostrar para o mundo a nossa insatisfação com a política! E dai? De que isso adianta? Só vamos conseguir colocar mais uma pessoa completamente despreparada para ocupar um cargo de grande importância para o meu, seu, nosso futuro! 

Pior ainda são aqueles que vendem o voto ou mesmo pensam que com ele poderão obter benefícios pessoais! Hipócritas! Só olham para o próprio umbigo! Se gabam por terem ganho uma graninha fácil ou mesmo trocado seu direito de escolha por um cala boca qualquer... E dessa forma acabam trocando hospitais por dentaduras, escolas por material de construção, desenvolvimento sustentável por um objeto de valor qualquer, etc. Basta!

Sabemos que nosso país ao mesmo tempo que tem problemas enormes também possui soluções geniais! Não coloquemos nosso futuro num grande liquidificador chamado Brasil, misturando tudo, misturando o joio e o trigo! Sejamos interessados, criteriosos e vamos para o pleito com a consciência limpa, pois estaremos de fato tentando eleger o melhor. E se após uma reflexão verdadeira você ainda perceber que não tem em quem votar, ao menos * vote no menos pior!

domingo, 28 de setembro de 2014

Não ouço mais o som dos sinos!

Não ouço mais o som dos sinos! (Arte por Flávio Ribeiro)
Muitas vezes nos deixamos levar por uma espécie de "saudosismo barato" que procura enaltecer coisas do passado depreciando seus similares do presente, talvez apenas porque elas tenham sido importantes em algum momento de nossas vidas, mas não necessariamente melhores!

Fato é que certa vez tive uma grata surpresa quando conversei com uma senhora de idade e chegamos nesse assunto: o saudosismo. Foi então que eu comecei a falar com ela das mazelas trazidas pelo progresso e que alteraram muito a forma de viver das últimas décadas como o aumento da violência, da poluição, de como as coisas eram mais fáceis antigamente, do cavalheirismo, da elegância da moda dos anos 40-50, etc. Até para dar um charme legal a nossa conversa, dei uma de poeta dizendo que o progresso havia não só descaracterizado a cidade, mas também tornou-a muito barulhenta já que não conseguíamos mais ouvir o canto dos pássaros, o som dos sinos das igrejas, o cantarolar de um músico na praça e que sentia muito por não ver mais o coreto tocando animado e que nem mais as estrelas em sua plenitude conseguia ver!

Foi quando surpreendentemente a doce senhora me colocou nos trilhos: - Flávio, cai na real, eu tenho 92 anos de idade e só tem um saudosista aqui, ou seja, você meu filho! Olha, na minha época de menina tudo era bem mais difícil, a vida era um verdadeiro terror, a violência sempre aconteceu só não era noticiada, não tinha luz, o saneamento era péssimo, passamos por guerras, tinha muita gente se vestindo de forma cafona (encasacados em pleno calor do Rio de Janeiro), o cavalheirismo existia mas se transformava em machismo dentro de casa, guardávamos a comida em armários porque não tinha geladeira, não tinha TV, passávamos a roupa com um ferro à carvão (sabe o que é isso?), não tinha máquina de lavar, fazíamos casamentos obrigadas, o leite vinha de caminhão (tínhamos que correr atrás dele e encher uma garrafinha de vidro e levar para casa), os poucos que tinham aparelhos de som giravam uma manivela para fazer rodar o disco que chiava com um cão com asma, nem podia votar meu filho! Hoje não, que beleza é o progresso, colocamos a comida e ela fica pronta rapidamente no microondas, meu ferro de passar tem até botão de vapor, tomo banho quentinho (economizando água é claro), se quiser tenho mais de 100 canais de tv em alta definição, minha coleção de discos que empoeiravam na estante cabem direitinho num player de MP3, posso usar a internet e falar com familiares que estão do outro lado do planeta! Oras, com tanta coisa boa e vivendo o passado que eu já vivi você vem me falar que não houve mais o som dos sinos? Me poupe, compre um cd de natal que você vai ouvir muitos sinos tocando! 

Após a suave gargalhada da vovó, eu como professor de história passei a pensar seriamente em rever os meus conceitos! Fui zoado! Que aula de História Viva!

Ferro de passar à vapor, bastante difundido no Brasil nos anos 50